sexta-feira, 25 de março de 2011

Lamentações - Suicídio Mental


A mente abstrata induzida pelo coração, contradizia a vontade movida pela razão;
Sua mente, puxa! Que mente! Não sabe e nunca soube exatamente o que sente;
Erroneamente para si mesmo ela mente, confunde até o frio do quente, sempre mente;
Reconhecendo a si mesmo, o espelho e tremendo de medo do seu próprio enredo;
Jazia sua esperança num suspiro agonizante, sentindo que voltaria no futuro aquele instante;
Se sentia especial, da poesia e filosofia um amante anormal, dentro do mundo como sal;
Dava gosto, dava vida, dava rima, dava esperança de companhia, no final, só restou agonia;
Pois no final, ele se viu no muro, a tudo e todos era igual, apenas mais um tijolo no muro;
Aprendeu muitas lições, cresceu e regressou, no alto, o topo da alegria, caiu de cara no chão;
Escolheu a perfeição, desejou por paixão, entendia a razão, misturou tudo no coração;
Acabou na solidão, e ao olhar pra uma pedra, dela teve inveja, queria estar ali, no lugar dela;
Calado, sem movimento, sem pensamento, nem sofrimento, mais poético que seu lamento;
Porco da lama, estou ali ainda, jogado na cama, mesmo assentado na cadeira, ninguém o ama;
Agora aos poucos o espelho fica escuro, redigito na folha virtual, meu pensamento banal;
Porco da lama, ainda ali, jogado na cama, o ventilador esfria o computador, não minha dor;
Em pensamentos a cantoria, goodbye blue sky, imagina o céu azul, e diz lá se vai;