domingo, 20 de março de 2011

Cartas


As cartas da vida, as cartas da morte. A vida é um jogo de sorte, azar.
As cartas invisíveis, cartas da arte. A vida é o caminho para se acabar.

Não sei como começo a falar, não sei como terminarei, falarei.
Joker, as cartas em sua manga são de sorte, mas a sorte acompanha suas espectativas;
Joker, você tem um caminho desconhecido, sem sentido até que se prove o contrário;
A prova de que não há nada de mais no final, que não seja a morte, é mais invisível;

Olá! Tem alguém aí? Do outro lado do muro, alguém pode me ouvir?
Olá! Tem alguém lendo isto aqui? Que tipo de texto escrevo? Consegue entender?
Com certeza não pode ser um texto jornalístico, descritivo ou formal, apesar de conter...
Acha que não?

- Elias Jorge Medeiros Gomes, nascido em Belo Horizonte, 25 de novembro de 1986.
Nascido de uma família cristã, chegou a morar em Contagem, parte da Grande-BH em Minas Gerais.
Filhiação paterna Jorge Vicente Gomes, materna de Dorotéia Rita Medeiros Gomes. Apartir de 1995 passou a morar no bairro Padre Eustáquio na capital mineira. Em 1998 se mudou com a família para a pequena cidade de Prados no interior de Minas Gerais. Seu pai tinha um serviço missionário pela Igreja Batista Missão Paz que atualmente funciona como Ong. Passou cerca de 2 anos servindo o trabalho cristão na cidade. Ao final de 1999, seu pai retorna para Belo Horizonte onde retoma seu antigo emprego de despachante credenciado junto ao DETRAN/MG. Apartir daí a vida de Elias Jorge começa a tomar um caminho confuso, onde aos poucos começa a se desviar dos ideais cristãos, seu pai se torna pastor consagrado no ministério batista. -

Formalmente é fácil entender, tal como é fácil jogar, é só viver, você vai jogar.
Joker, você é um deus guiado por planejamentos não planejados, em outras palavras, seus desejos, seus sentidos.
Você pode me entender? Pergunto outra vez, há alguém aí? Do outro lado do muro que possa me ouvir, há alguém aí?
Meus desejos, meus sentidos, a compreensão, você pode me ouvir? Estou aqui, quero aparecer. Você me acha tão nojento quando falo de mais? Por favor, não me ache um nojento. Deixo apenas a vida seguir. Você não vai me entender se não quiser, você quer? Por que iria querer? O que de importante tenho pra oferecer? Meus lamentos já se tornaram grotescos, nojentos como vômitos, estão fedendo. Se entendesse minha poesia de viver, entenderia boa parte do meu poema, parte condençada, hora rimada, hora sei lá, que não diz nada, mas diz o que eu quero, o que acho que espero. Joker, me ensina a viver!

Me dê outra carta, vamos continuar, perdi algumas batalhas, o final da vida é o fim deste jogo. Se continuarei depois, não sei, mas que este jogo terminou, terei certeza, mas sem ter consciência. Você me acha doente? Desculpe, só estou tentando me expressar, não é uma doença do caralho, não daquelas que um virus me domina, uma bactéria, sei lá, qualquer ser que viva dentro de mim. Um parafuso fora do lugar pode ser uma quantidade de serotonina elevada ou reduzida, uma forma de expressar os sentimentos é através de figuras de linguagem, acha que sou louco por pensar assim? Não sou doente, mas preciso que me entenda, talvez essa seja minha paranóia, meu maior defeito. Joker me mostrou várias cartas, ainda estou jogando, enquanto você estiver lendo e interpretando algo, também estará jogando comigo, meu pequeno jogo tático de psicologia. Gabriela, preciso que você me ame, pois preciso de um sentido, Daliana sabe do que estou falando em partes, não por completo, pois se soubesse, faria parte de um planejamento, não estou planejando, isto é um poema? Estou apenas digitando. Não sei viver como as pessoas normais, preciso morrer? Aprender a ser diferente? Ou descobrir que no fundo todos são loucos e procuram o mesmo que eu?

Joker, você é o deus das cartas, criou outra carta chamada Nino, como o Duas Caras. Sem você saber, sem você planejar, como sempre o fez. Você que está lendo, está entendendo? Se não está entedendo, assista Batman - O Cavaleiro das Trevas. Não estou vendo filmes de mais, eu estou vivendo de mais. Já estou cansado deste jogo, preciso encontrar meu sentido de viver, assim como a existência de Joker é fazer um espetáculo de psicologia social através da mente de seu inteligente oponente Batman, eu também tenho meu sentido, mas no momento está inválido, oculto. Sou só mais uma carta com o seu dever de existência, pra mim, sou a mais importante de todas, afinal, eu sou minha carta. Qual é sua carta? Acha que posso compreender? Gabriela, leitor, quem quer que seja. Me procure, converse comigo, não sou louco, bem, talvez seja, depende do seu ponto de vista, mas talvez eu tenha o que você precisa. Sou Nino, uma carta como qualquer outra. Prazer.

Joker! Me ensine a viver.