sábado, 28 de novembro de 2009

Modelando e Remodelando a Personalidade


"Mudo o mundo apartir do mundo que se muda dentro de mim". - Menino Elias

Esmagados pelas forças externas do mundo, somos diariamente lapitados e remodelados da forma como convém o nosso sistema. Existe algo que acho interessante analisar na característica de cada pessoa e é o que vou falar agora.
Este análise venho fazendo a muito tempo, e pra falar um pouco dele, vou começar dizendo algo já conhecido, que na vida nascemos originais, mas morremos como cópias, somos nada mais nada menos do que cópias mescladas na sociedade, vidas geradas por meioses e evoluidas por mitoses, são as primeiras formas de analisar nosso retrato na existência da vida. No final, somos apenas isto, cópias, reproduções, multiplicações. Porém, não somos uma cópia idêntica, somos uma mesclagem de cópias, uma fusão de várias personalidades e ao longo da vida somos moldados à vontade do destino da vida. Quando crianças aprendemos a nos apegar às coisas da vida, entramos no mundo aprendendo a dizer que as coisas são "nossas", como se realmente fossem, como quando dizemos quando crianças - "Este carrinho é meu!", quando crescemos e conquistamos as coisas, continuamos a dizer a mesma coisa - "Este objeto é meu!". Por fim, depois que morrermos, nada irá junto conosco, nem mesmo nosso corpo, para onde quer que iremos, fica tudo no seu devido lugar, na terra. Somos condensados a dizer o que aprendemos e não o que analisamos, não costumamos fazer análises.
Certas vezes nos ocorrem histórias marcantes na nossa trajetória pela vida, tais como pessoas que conhecemos, coisas que conquistamos e fins. Muitas vezes nos apegamos a elas sem fazer análises, isto é um grande problema, pois sempre que acontece de perdermos o que então nós dizíamos ser nosso, se torna uma bomba na nossa consciência. Normalmente isso acontece com pessoas que amamos e damos tanto valor que extrapolamos, este valor significa algo tão grandioso que a perda destas pessoas nos leva a uma tristeza muito profunda, podendo quem sabe acarretar numa depressão, ou alguma doença psicológica. Perder objetos talvez possa funcionar de forma semelhante, exemplo: Uma tempestade seguida de um alagamento que destruiu a maior parte dos bens materiais de uma família de classe média baixa. Eles já passam por tantos problemas na vida pra terem com tanto sacrifício suas coisas, daí perdem numa noite de chuva muitos aparelhos eletrônicos e outras coisas mais. É um abate muito forte para a família, mas não deixa de haver da parte deles um apego pelos bens mateiais, quando que antes de sofrer pelo perdido, poderiam agradecer pelas vidas salvas. Lembrando que todo esforço em seus trabalhos para terem seus bens, parte do interesse de viver padronizado numa sociedade informatizada (possuir um micro-computador, televisor, micro-system, aparelho de DVD ou VHS e outros mais). Às vezes a depressão possa partir de apegos, mas ela sempre vai partir da incompreensão.
No meio dessa confusão de se apegar, perder e sofrer, aprender a como se apegar e não saber como se desapegar, no meio do sofrimento acaba surgindo a modelagem da nossa personalidade. Sofremos e aprendemos a não sofrer por causa daquilo que sofremos antes, e aí entra outro problema, pois logo depois que aprendemos a desapegar de uma determinada coisa, aprendemos a nos apegar a outra, e esquecemos de aprender a desapegar de tudo, não extremisando, mas analisando.
Este texto, escrevo visando mais uma vez a minha e a vida de alguns amigos. Numa madrugada de passeio e diversões, alguns tristes acontecimentos me deixaram pensativos sobre a mudança de personalidade das pessoas. Acontecimentos dolorosos nos afetam de tal forma que nos conduzem a ver a vida de outro ângulo. O interessante nisso é que existe a possibilidade de mudar nossas angústicas, mas depende de cada um de nós. Minha "irmã" Marina, que tenho um carinho muito grande, tem passado por diversas lapidações, ela já é uma pessoa extraordinária e após estas lapidações, tal como minha melhor amiga Daliana (que já teve uma transformação magnifíca), se transformarão em pessoas muito mais lindas em seu interior, caso aceitem estas condições de se apegarem com moderação e se desapegarem com facilidade. Dentre meus amigos, tenho exemplos perfeitos de lapidações que trouxeram uma melhora considerável, pelo entendimento destas condições e dimensões, Cristiano Coimbra e Thiago Perdigão (meu melhor amigo e amigo de infância), caso queira conhecer mais sobre eu e meus amigos, me procure, somos pessoas incríveis, acredite, temos muito para oferecer e lembre-se, o apego te faz morrer aos poucos de angústia.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Na Dependência de uma Personalidade


Quanto ao nosso caráter, temos atitudes muito semelhantes a outras pessoas normalmente na nossa sociedade. A convivência nos torna copiadores e o que nos tornamos no fim de tudo é apenas uma cópia, mas dependemos de algo maior no nosso caráter. Dependemos de uma personalidade única, que só é encontrada em nós, e acredite, mesmo os mais "CTRL+C - CTRL+V" podem ter sua personalidade única, partindo do princípio de que todos somos únicos. Pra ver isso não basta olhar só para as nossas digitais, devemos saber que temos uma história na vida diferente da de cada um, isso é penetrante ao assunto político, que parte da idéia das estatísticas, onde não somos vistos como únicos e sim como um todo, a sociedade se torna a unidade para a visão política, mas a unidade sou eu, é você, é o seu próximo ou o meu próximo, o problema é que não conseguimos fazer prevalecer a nossa personalidade perante a nossa atitude copiadora. Isso é um grave problema no meu ponto de vista, pois é uma forma de ajudar o poder legislativo a criar normas que prejudicam uma classe de pessoas menos favorecidas por alguma coisa, exemplo: Foi aprovado pelo governo federal a transposição do rio São Franscico, o que tenta beneficiar uma classe de pessoas em algumas regiões no nordeste, porém, quem são essas pessoas favorecidas? E o lado ambiental? Será que o reflorestamento nas margens do rio com esta modificação não prejudicará o meio ambiente como vários geógrafos estão dizendo?? - Bom, por fim, a intenção pode ser boa, mas a finalidade não beneficiará a todos, o que me faz refletir sobre isso é o fato de que talvez poderíamos refletir de uma forma mais conscitente, criando organizações sociais das quais visam buscar cada família em cada município para estabelecer um melhor aproveitamento dos benefícios que cada família merece, saneamento básico e alimentação, o pricipal, trabalho e escolaridade, mas não visando a sociedade como um todo e sim cada família como um todo.
Isto me remete a uma visão separada da visão política, que é a visão social, o que somos para a sociedade? Parte dela! Mas normalmente não somos vistos como únicos dentro dela, apenas como composições corporais. Você pode até se sentir único, mas um cliente que não dá muito lucro para um vendedor, é apenas mais um cliente e nada mais. Não dá para darmos a atenção que todos merecem no mundo, nem no nosso município, mas também não há coração o suficiente para tentar entender a tristeza de uma mãe que perde seu filho com uma bala perdida. Não é algo que eu ache difícil de entender, pois acontece comigo também, mas tento reverter em alguns momentos esse tipo de sentimento apático em mim, pois muitas vezes o nosso espírito bipolar e os conflitos dionisíacos X apolíneos são fortes em cada um de nós, isso nos torna muito iguais, mas exatamente pelo ponto de interceção que temos é que podemos entender uns aos outros, depois disso podemos achar a unidade de cada um em cada um. Certa noite conheci uma garota linda chamada Alina em um local que costumo frequentar, um bairro nobre de Belo Horizonte chamado Savassi. Esta garota me chamou a atenção pelo fato de ter me feito analisar uma diferença com os demais naquele local e em outros, a simples forma de ver o mundo com os olhos que ela tem, e não com os olhos que ela poderia ter ganho, talvez de seus pais, ou talvez de seus amigos, ou talvez de um grupo social, e a maior diferença é essa. Estas diferenças não são notadas através de uma atitude crítica que podemos olhar de longe e a olho nu, são diferenças que só podemos olhar se nós também nos sentirmos especiais, tal como eu me sinto. Fiquei sabendo que esta garota iria se mudar de Belo Horizonte uns dois meses depois que conheci ela, isso me deixou chateado e comentei com ela, a resposta dela foi clara e simples, - "você não acha que está exagerando?" - minha resposta não podia ser outra a não ser dizer que cada pessoa tem a sua importância, fato, mas um fato que costumamos ignorar. Personalidades fracas tais como pessoas que dizem aparetemente convictas de que teem um ideal, mas logo que vem o vento o fogo de suas palhas apaga, ou muda de rota. Sim, mudar de rota é importante, por rever consceitos é algo que mostra que temos coragem de voltar atrás pra corrigir nossos erros, mas quando fazemos isso constantemente e pensamos estar melhorando mas estamos apenas nos enganando, isso não se torna nada agradável, tal como um conhecido que tenho, que não acho conveniente citar o nome, mas que manteve uma relação por algum tempo com vários grupos e tribos urbanas, passando pelos anarquistas até bater na porta dos nacionalistas, seu maior motivo foi a paixão por uma garota. Normalmente os motivos das mudanças de personalidades se agregam a isso, um desejo que temos e tentamos mostrar que somos algo como o que queremos conquistar pra estar junto daquilo e ser aceito. Namoradas, grupos de amigos, grupos religiosos, grupos trabalhistas, grupos sociais, daí quando estamos num meio de um grupo por gosto, vemos alguém que entrou e todos comentam dizendo "aquele é um peixe fora d'água, dá pra ver que está num lugar completamente errado".

A verdade é que não devemos analisar as pessoas conforme as suas semelhanças aos outros (salvo os motivos analíticos) e sim conforme a sua unidade, somos únicos, cada um é um corpo único dentro de uma sociedade. O que devemos fazer com as pessoas que não entendem que devem se sentir únicos e não cópias, é conseguir fazer com que entendam que devem tomar suas escolhas não por motivos paralelos que farão você cruzar com os motivos dos quais você não tinha anteriormente. Ter personalidade é saber ler uma frase e copiar por ter entendido e querer levar a mesma mensagem, pois achou uma identificação em sua unidade, mas levar a mensagem porque vê os outros fazendo o mesmo, é muita falta de personalidade. Pense nisso.

Amemos o próximo e sejamos heróis.

domingo, 22 de novembro de 2009

Trajetória do Cidadão

Se escondendo atrás de uma rotina monótona, o cidadão escureceu o seu dia ignorando detalhes que poderiam mostrar uma nova face, talvez, de tudo o que ele vive na sociedade. Diariamente ele se levanta ao amanhecer, faz o seu percurso até o seu serviço, onde passa horas trabalhando. Curtos momentos de descanso ajudam-no a esquecer da monotonia, porém, são momentos repetidos que apenas lhe trazem mais do mesmo. Ao chegar em casa, como de costume, vive os mesmos momentos, às vezes se não vai para casa, uma universidade ou outra atividade o estará à espera. Momentos programados para serem repetidos, tomando o cidadão muito semelhante a uma máquina, uma programação. Automático, ele segue seu caminho, sem se deparar com a realidade de que na verdade está sempre ignorando condições primitivas no seu hábitat, sendo que a tendência de um ser humano é evoluir racionalmente, não sendo assim, não haveria dentro de si uma mente racional que o faz pensar, ao menos às vezes (normalmente, tecnicamente, sempre).

Seus pensamentos podem trazer renovações à sua vida, porém, alguma coisa o faz caminhar continuamente por um caminho circular, monótono e sem fim. Ignora o fato de que tudo poderá acabar a qualquer momento, sem saber do exato momento do término do seu destino (e sem saber qual é o seu verdadeiro destino), ele procura tranqüilizar sua mente com pensamentos monótonos que o levam diretamente para um caminho circular, dando voltas diárias para não ficar parado observando fatos horrendos na sociedade, como um indigente na rua, sem pensar no motivo que o leva a estar lá, sem pensar no motivo da existência de um carro de polícia na porta de alguma loja, as contradições da vida, em fim, uma série de fatos. A moda, através principalmente da mídia, mostra para o cidadão o que ele deve ser visualmente, ao ser programado, ele atua segundo os padrões sociais, e qual o problema de tudo isso? Em síntese, o problema de tudo isso é que, ao contrário de uma pessoa que nasce com problemas de visão, podemos ver o mundo da mesma forma que ao contrário de uma pessoa que nasce com problemas mentais, nascemos dotados de raciocínio e usar ele para seguir um caminho repetitivo, não é a melhor forma de ser usado. É como termos olhos para ver, mas queremos andar com eles vendados, tudo porque o padrão é esse. A onde estão os heróis da sociedade contemporânea? Que poderiam ajudar a promover a razão como a principal finalidade do ser humano em vida, porém, os heróis da sociedade estão expostos na sociedade em forma de robôs, sendo admirados aqueles que estão no alto nível social, promovendo a ganância pela matéria e o consumismo que move o mundo, dando dignidade para quem tem poder e transformando em lixo quem não tem nada, ou às vezes, dando mais status para quem usa os “perdidos do mundo social” como objeto para mostrar a sua caridade e compaixão, fazendo o cidadão não ver mais uma vez que tudo isso na verdade não se passa de mais uma estratégia “política”. O cidadão ignora os pensamentos profundos de um pensador, o trata como louco (e não estão sozinhos para fazer isso), não só porque foi programado assim, mas porque no fundo ele não o entende, e assim não quer se sentir como um “perdedor” (mas devemos ser humildes e aceitar as coisas como elas são), mas ter a visão real da situação não é ser um perdedor. Compreensão é uma palavra usada pelos loucos para conquistar os sábios. Em fim, as coisas são mais profundas do que aparentam ser.


Se de alguma forma você não conseguiu absorver o que estou tentando dizer, não tente achar o que pode não ser, leve este texto para outras pessoas e discuta com elas para saber o que elas pensam a respeito, procure entender o motivo real da existência dele e não tire conclusões precipitadas, pois a razão nos transforma em homens mais fortes do que os brutos. Devemos ser heróis. Se existe um Deus que criou o cidadão com livre arbítrio, o motivo é para que não nos tornássemos robôs, e se é para não sermos seres programados, questione tudo e a todos, questione as possíveis contradições do texto, questione principalmente a si mesmo. Procure conhecer a si próprio, assim terá um campo de visão mais amplo pra ver muitas coisas ao seu redor. Então não deixe de questionar e refletir.