domingo, 19 de outubro de 2008

Somos apenas Fantasmas

Pegue um robô, retire sua bateria, assim podemos comparar esta atitude com a de tirar uma vida.
O que somos? Se tivermos um dedo da mão amputado, deixaremos de ser quem somos? Ter e ser, afinal de contas, o que é o que? Temos um cérebro ou somos nosso cérebro?

O frio do corpo na morte revela a ausência de uma energia vital em nosso corpo. Essa energia é chamada por muitas pessoas de espírito, quando o espírito está fora do corpo, eu pessoalmente gosto de chamá-lo de fantasma. Em fim, não deixa de ser uma energia quente que vitaliza nosso corpo que sem esta energia nada mais é do que um cadáver. Quando a morte chega significa que a energia que está em seu corpo foi retirada, mas ela deixa de existir? Aí está uma pergunta que não sei te responder, mas vale a pena pensarmos juntos sempre, mas por quê? Por simplesmente termos 5 sentidos que nos permite ter contato uns com os outros. Nosso espírito (ou nossa essência) possui uma diferença importante com relação aos mecans (robôs), pois os mecans não possuem sentimentos e nosso espírito sim. Esses sentimentos carregados pela alma, são sentimentos que confortam o espírito, é como o coração (quando costumamos falar de coração em relação a sentimentos da carne) do espírito. Os 5 sentidos que possuímos nos ajudam a entramos em contato com outras almas, ligando sentimentos e dando sentido para nossa vida.
Tudo isso e muito mais podemos encontrar na vida....
O que somos afinal? Muitas vezes no meio de tantas palavras nos confundimos entre o ter e o ser, o que somos afinal de contas? Esta é uma pergunta muito complexa e abstrata. Ser é uma coisa muito abstrata. Não se trata de algo palpável e simples, é tudo muito complexo para a mente humana. Mas temos saídas, basta ter vontade de buscar e compreender segundo a vontade da verdadeira verdade, não segundo a vontade própria.

Muitas vezes entramos em profundas tristezas por não entendermos nosso objetivo na vida. Achamos que muitas vezes nossa alegria está em alguém, mas quando perdemos esse alguém é que procuramos cair na real pra não viver em profunda tristeza, ou muitas vezes não aquentamos e vivemos com alguma recordação sem conseguirmos nos separar da ligação que houve algum dia em vida. As separações na vida são reais e precisamos compreender o que significa estas separações. Estamos vulneráveis a todas elas e o que somos define bem o que devemos fazer para que a depressão e a melancolia não nos atinja constantemente. Somos apenas uma energia vital que habita um corpo complexo. É por isso que há a crença da existência da reencarnação, pois um fantasma vaga à procura de algum corpo, talvez não literalmente, mas algo abstrato funcione nesse sentido. O que vale a pena pensar é no objetivo que temos, na forma de buscarmos a felicidade, afinal de contas, há alguma outra resposta mais evidente para a razão da vida? Acho que não.

domingo, 25 de maio de 2008

Apatia, uma forma de Solução.


Todos nós temos sentimentos, e todos nós sofremos com eles ou nos satisfazemos com eles, claro, tudo há um porem, uma dependência. Há uma forma de solução pra tudo se pensar na força da fé e da apatia, quando não se procura a verdade por um simples motivo, o desejo louco de nunca sofrer com ela, a verdade, procuramos alternativas simples, talvez de caráter primitivo, o desejo pela ignorância, o "dar as costas", simplesmente dizer, é assim e pronto, se não for, ficará sendo pois assim eu desejo. Pronto, aí está o ponto final da sua história, mesmo que a história tenha uma continuação fora do seu livro, o seu livro estará completo, sem lugar para outras páginas.
Pensamentos direcionados à nossa vida são interessantes, mas nada muda nosso modo de pensar onde no fundo será sempre o mesmo, o que me dá nojo, mas estou aderido a este mundo, insatisfeito, talvez eu jamais saia, não sei do futuro, mas eu sei do meu passado e meu presente.
Agradeço a Tammy e outros amigos por terem estado comigo durante um bom tempo da minha vida, a apatia é uma forma de solução e através de vocês eu descobri essa solução, talvez não seja a verdadeira boa saída, mas é uma dentre outras que não vejo. Tammy é uma boa amiga, como minha mãe, não vou deixá-las, mas minha indiferença provará para todos que eu aprendi uma lição:


Jamais acredite no ser humano, jamais dê confiança para o ser humano, o seu mundo é inacessível, a sua vida é desprezível, descartável, eu sei, é lamentável, mas é assim que você vê depois de algumas visões indesejadas. Seja o que for, o fim começa aqui, mas não termina assim, talvez seja apenas o começo.

Nem tudo está perdido, é aí que começamos a olhar pra dentro de nós e vemos novos detalhes que dão outras cores pra nossa vida, o que antes era negro passa a ter cores vivas, o que antes era vivo e feliz passa a ter tristeza, depende de cada um, não me importo com "cada um", me importo comigo, se precisar da minha ajuda, terá, mas se quiser saber o que sinto, descubra por sua própria vontade, eu não levanto um dedo pra falar, azar é de quem quiser saber, me deixe no meu mundo agora, meus problemas são meus, se não gostar de mim, não me importo, pois se eu me preocupar, voltarei atrás com detalhes que me tiram do sério.

sábado, 29 de março de 2008

Dá Vontade de Chorar


Dá vontade de chorar, mas adianta? Dá vontade de fazer alguma coisa, mas o que vai adiantar e me ajudar a mudar aquilo que nem sei por onde começar a falar? O que sinto e o que desejo. O que quero ao certo eu não sei. As vezes quero dizer e chamo alguém pra falar alguma coisa, mas na mesma hora mudo de idéia e esqueço o que eu nem sei o que ia dizer, só pra me complicar.
Os pontos que tirei na escola não vão fechar a ferida do meu coração e cicatrizar uma chaga oculta por um sorriso falso, não muda os fatos, a realidade dói.
As palavras se ausentam da minha fala quando preciso dizer o que sinto. Quando sinto algo significativo, as palavras ganham vida e desejo de liberdade, com isso elas fogem de mim, pois me sinto um aprisionador.

O Gênio da lampada mágica de Aladim não fugiu da lâmpada, ele foi libertado. Sem um apanhador de sonhos para capitar nossos desejos, também não há um libertador para nos tirar da lâmpada e assim seremos eternamente livres numa prisão de consciência limitada pelo "eu".

Estou morrendo.

domingo, 23 de março de 2008

O Maldito Engano


"Aquele que não conhece a si próprio, não pode conhecer o mundo ao seu redor."

É com base nesta frase que me inspiro a escrever agora. Refletindo sobre a auto-reflexão, mas entrando num detalhe curioso, a solidão.
É estranho as pessoas não darem o valor necessário para as coisas na vida que são úteis para a felicidade, já que cada um busca a ela, mas se enganam dentro de um mundo paralelo, fictício e criado pelas próprias mãos.
Quando você se sente solitário, e acredito que sejam muitas vezes, você sabe que cada um tem seus problemas e pensamentos. A solidão não surge num momento de isolamento do corpo das pessoas ao redor, ela acontece quando as pessoas não se importam (ou não dão a impressão de se importarem) com você, sendo assim, mesmo estando acompanhado por várias pessoas, podemos nos sentir solitários.
Quando olhamos para dentro de nós mesmos, podemos ver milhares de coisas diferentes, mas vemos apenas as que queremos ver, isso nos limita e nos deixa impossibilitados de ver com mais exatidão cada uma das dimensões mais complexas da alma, embora eu também seja limitado, eu consigo ter uma idéia disso, pois vivo muito comigo mesmo, pelo simples fato de estar cada dia mais me adaptando a uma vida fechada num mundo limitado por amizades falsas, claro, pelo simples motivo de não haver muitas verdadeiras, embora possa haver muitas verdadeiras, elas não são visíveis, é como a frase "você não é avaliado pelo que pensa e sente e sim pelo que fala".
Quando vemos as coisas do nosso jeito e não do jeito que deveriam ser vistas, criamos uma realidade que nos impede de nos trazermos a verdade, ou seja, viver na mentira é uma ação comum pra todos e satisfazem a todos, mas artificialmente, com o tempo estas coisas vão ficando cada vez mais fortes e levam muitos jovens para o mundo das drogas. O que eu acredito que seja necessário para não cair nesse mundo escuro é primeiramente procurar a verdade para ser contada, mas como se satisfazer com a verdade sendo que toda vez que há uma verdade iriamos dizer para nós mesmos que esta não é a verdade? Aí está uma coisa que eu diria que nem todos concordam, mesmo ela por si só já se explicando de que é a única solução, a razão!

A razão é um fato ignorado e esquecido pelas pessoas, simplesmente pelo fato de que a razão é a verdade e a verdade nem sempre é agradável, aí que está o problema, aprender a gostar da verdade é que é a habilidade mais precisa e importante de todo ser humano. Querer ultrapassar seus limites é querer dar as costas para um monstro e fingir que ele não existe só porque ele é muito feio, mas se não enfrentá-lo, ele te pega por trás e não adianta gritar, chorar, correr, mentir, nada vai fazer parar as dores de uma verdade que acaba sendo ocultada por si mesmo.

Há pessoas que buscam a verdade e sofrem, mas o pouco de sua felicidade é sempre verdadeira. O maldito engano é nosso, não de outrém! Quem se engana não é um amigo que te esqueceu, é você que não o entendeu!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O Tédio


Sabe esses dias e que horas dizem nada? Nem troco meu pijama, eu prefiro estar sempre na cama, sabe por que?! Pra mim, tudo que faço é inútil.
Sentado no meu quarto o tempo vôa, do lado de fora a vida passa e o tédio continua me corroendo, por que eu não saio pra tentar alguma coisa, tentar sair do tédio! Por que?! Não vejo sentido, não vejo motivos quando vejo que tudo é um tédio, não vejo o objetivo.

Cada dia que o tédio entra dentro de mim, ele não pede licença pra entrar, arromba a porta e aqui dentro de mim fica sem nada mudar. Eu até gostaria de tentar alguma coisa, mas qualquer coisa se torna inútil quando vejo depois do fim, tudo que começa tem um fim, todo fim que começa é um tédio, todo tédio é um fim sem um novo começo, toda ausência de começo é monotonia, é repetição, repetição, repetição, repetição, repetição, repetição, repetição, até quando eu ver um fim disso também, quando isso acontecer, haverá mais um recomeço de algo que não começou, vai terminar sem começar, estranho pensar assim, fazer o que se nasci já pensando no fim?! Sei que isso não é de todos, é algo de mim pra mim, quem também for assim, não será como ele pra mim, será como o que eu já sei, pois vivo em mim, isso sim! Isso sim é muito ruim!

Mas então, o tédio entrou, o tédio saiu, o tédio entrou e saiu mais uma vez, a hora que ele se repetir, por favor, me acorde pois quero ver isso de novo, afinal de contas, faço parte dele! E você?! Da vontade de pular de um prédio! Parece que essa é a solução, que este é o remédio - E eis que o fim é o novo recomeço de um tédio sem fim - Não importa, com tanto que eu aprenda a viver assim, o problema maior não está no tédio e sim em mim. Veja só, que engraçado, eu vivo o dia todo alienado de uma mente reprodutora de um raciocínio estranho e louco, mas nunca me deparo com a verdadeira verdade, a onde tudo o que preciso é de aceitar que todo o tédio é toda a diversão, esta é a verdade de quem sabe que quando não pode vencer o inimigo, podemos nos aderir a ele, e assim, vivendo com ele, ser feliz e sorrir com o que nos fazia chorar. É estranho pensar assim, pois um dia nos foi dado o desagrado por tal "objeto", o tédio, o ódio por algo tão complexo, complexo até por não sabermos de onde veio a tal raiva que com certeza sabe de que é feito o tédio e de que é feito suas bases, suas estruturas. A construção desde fantasma é algo tão sublime que me faz pensar em Deus, e o que não faz pensar em Deus?! Por que devo pensar em Deus já que tenho tanto trabalho pra fazer?! Tanta tarefa de casa pra resolver, meus dedos estão cansados e isso afetou meu cérebro, pior, tem atingido a alma, meus desejos foram canalizados de outra forma, agora vivo uma monotonia sem pé nem cabeça, me impedindo de refletir e de ser quem eu talvez deveria ser um dia. Com licença, vou continuar vivendo. Bye

- Saia do lugar pra ver o que deve ser visto, pois ver com os próprios olhos tudo isso, é ser o mesmo monótono ser vivo que não via nada além de um mundo de uma só cor. -

Fantasmas e Humanos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Viciado


Olá! Nessa postagem eu vou escrever algo nada interessante, mas também nada comum.
Viciados todos nós sabemos o que são. Então, pra ser algo nada comum, com certeza eu não vou dizer o que costumamos ouvir sobre eles, quero dizer algo que não é nem um pouco interessante, pois é também algo nem um pouco agradável. Todo mundo é viciado, sim, todos nós somos viciados em várias coisas, coisas que não conseguimos mudar num piscar de olhos. Vicios são como travas que nos forçam a fazermos apenas aquilo que costumamos fazer e pronto. Quando fazemos, nós vemos o mundo limitado, pensando ser apenas aquilo o melhor pra nossas vidas, tem coisas que são boas e pensamos "pra que eu devo mudar?", e eu respondo "para vermos um mundo mais amplo", conseguir ver o horizonte não é apenas ver o que queremos, mas é isso que fazemos. Aceitar isso não é fácil, apenas dizer que é! Por exemplo, posso dizer a qualquer momento tudo isso e mostrar até a saída, mas se eu não mudar, que diferença as palavras farão na minha vida? Nem uma, então você pensa "uhm, interessante seu pensamento", e eu digo "não! Não é nem um pouco interessante!", ele só se torna interessante pra quem não quer entender as dimenções disso que estou falando, pois se limitar num mundo, ver isto, no fundo de si mesmo saber que é importante saber e mudar, mas nunca! Nunca muda nada dentro de si, não! Isso nunca foi interessante!
Estou dizendo isso pois tenho um vício, uma tradição que me trava e não consigo mudar, eu sei que não é fácil, papo manjado, mas foi feito pra pensar melhor e revê-lo, não pra repensar no que já foi pensado e visto um dia, e num outro, e num outro, e num outro. Nada é novo, mas também, tudo se torna novo pra quem ainda não viveu na pele. Por tanto, qualquer tradição que nos trava de andar, é também uma barreira que nos trava de viver. Sem vida, não há comunicação e sem comunicação não há segunda pessoa no mundo, apenas o "eu", tendo apenas o "eu", há apenas uma visão, e os limites da vida são tudo o que não precisamos pra caminharmos como pessoas que querem avançar um passo a mais.
Escrevo também isto, pois meu vício é algo comum, mas bastante chato, sobre ele não preciso falar, basta apenas que minhas palavras fiquem marcadas com a visão nada tradicional, mas bastante sincera, verdadeira! Eu sempre pensei que a razão fosse algo indispensável, mas talvez eu esteja errado, eu só espero estar errado, soluções são difíceis de ser encontradas e principalmente vividas, mas é preciso parar pra pensar, mas não deixar o pessamento solitário, necessitando de uma nova visão te travar de entender o que é um viciado.

O viciado que vive no pensamento travado, viverá sempre alienado de um mundo que de sangue um dia foi marcado.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Liberdade de Expressão!


Eu gostaria de falar sobre algo curioso. A expressão. Costumo falar muito de expressões, a forma como falamos, eu não sou nem um professor de filosofia, nem tão pouco um estudante dedicado, a única coisa que falo é o que vejo e estou ciente de que todos nós somos em grande parte cegos, não vemos quase nada, ou vemos só o que queremos. Mas tendo esta ciência, eu devo por obrigação ir contra a mim mesmo, para não entrar em contradição e ser sempre a mesma coisa, mas ainda há um pouco de mim até na caminhada de revolta contra o "eu".
Bem, muitas vezes nós queremos nos expressar, muitas vezes nós queremos dizer alguma coisa, porém muitas vezes não dizemos exatamente o que queríamos dizer, isso nos coloca como alguém que não somos diante das pessoas. Sabemos que quando falamos uma coisa, a pessoa que escuta interpreta de uma certa forma, mas ela interpreta da forma que ela quer interpretar, da forma como fica mais fácil pra ela, se ela não entender é porque ela não está acompanhando o raciocínio e formulando corretamente as idéias. Se falamos algo errado, não fica entendido da forma correta e se deixamos passar batido é porque o assunto não nos interessa.
Nem sempre falamos com palavras, as vezes o que dizemos não sai da boca e sim das atitudes, se desejamos falar e não falamos, de outra forma agimos pra dizer, até o silêncio é uma forma de dizer alguma coisa.
O mais complicado nas relações sociais, é que as pessoas muitas vezes não falam pela boca, talvez, eu diria, na maioria das vezes. Não dizem e sim agem, as ações mudas indicam o contrário do que costumam dizer, isso gera uma contradição e faz com que a sociedade se torne um tipo de sociedade sínica. A falsidade do coração das pessoas chega a me comover de tal forma que me deixa aflito, afim de gritar, mas sem voz eu não posso conseguir fazer nada. Não sou ninguém e gritos não servem pra expor uma verdade, apenas mostra um desespero.
Há pessoas que falam de várias formas, umas falam através de músicas, outras através de poesias, mas essas eu classifico como pessoas especiais na sociedade, pois vêem a necessidade disso e o fazem. Mas a maioria das pessoas dizem através das "palavras mudas", não é uma repetição, é uma nova análise, um pouco mais complexa pra mim, vejo meio embaçado, mas estou tentando vê-la. Vejo as pessoas dizendo do que gostam e do que não gostam dizendo de uma maneira pouco convincente, muitos humoristas costumam criar piadas com estas coisas, sátiras muito cômicas que são feitas exatamente por ver essas ações, há muito disso na relação de classes sociais, moda e estética e outros fins.
Cada pessoa se expressa da sua forma, ou melhor, da forma que aprendeu e achou mais conveniente. A palavra muda que me comove, mas me faz desejar entender mais sobre a pessoa, é a "real fala muda", quero dizer, aquela que a pessoa não fala realmente nada, nem mesmo o contrário do que ela no fundo gostaria de dizer, ela não é falsa e sim "muda", oculta dentro de si tudo o que sente, o mundo destas pessoas é fechado, muitas quase impenetráveis. Tenho um desejo de tentar entrar no coração de algumas pessoas assim, pois é como achar uma mina de ouro sozinho, se você achar uma mina de ouro já usada, no caso das pessoas, talvez o "dono" até permita um pouco de espaço para mais um entrar (dono: quero dizer uma pessoa que já conseguiu entrar), mas não será a mesma coisa que achar seu próprio tesouro. A diferença desse exemplo é que não somos objetos, também não sabemos se a pessoa permitirá a entrada de alguém, as vezes é inconveniente ou sofreu algo que ela não gostaria de expor, é como uma ferida que foi feita a muito tempo e ela acha feia a atual cicatriz, acha que qualquer um fará o que foi feito da ultima vez, ou também pode ter medo de viver algo parecido com o que já disseram (isso é mais difícil - pois acredito que todos querem viver a sua própria experiência), ou então há aquelas pessoas que aprenderam a não deixar qualquer um entrar em seus corações.

Muitas pessoas dizem o que não queriam dizer, quando dizemos algo que não queremos dizer, ficamos comprometidos com quem está ouvindo e por nem sempre dizemos através de palavras, ficamos comprometidos sem saber, pois a idéia que temos da "fala" é só a fala literalmente falando, mas não são apenas as falas audíveis que dizem o que queremos e sempre que não dizemos algo que gostaríamos de dizer, ficamos comprometidos diante do ouvinte. Se nos interpretarem mal, então ficaremos mal por não conseguir dizer o que queríamos, mas dizer o que queríamos nem sempre é uma tarefa fácil quando você sabe das reações das pessoas. Por isso é preciso parar pra pensar melhor, mas quem quer parar pra pensar com um tanto de trabalho pra fazer? Com um monte de exercícios pra resolver da escola, um monte de papeis pra preencher do serviço e tudo mais. Se preocupar com essas coisas é coisa de psicólogo - É o que costumam pensar até dizer que "depois é só buscar um psicólogo pra ajudar, num fica tão caro" - Se cada um tentar enteder, muitas coisas mudariam na vida e a vida não tem um psicólogo pra dizer pra todos o que deve ser feito, nem todos têem essas vantagens.

Todas as pessoas dizem mesmo que não digam da boca pra fora, aqueles que dizem que é, não é por dizer que será e sim pelas ações que se comprovará, é preciso analizar os fatos delicadamente. Tirar conclusões precipitadas é também se comprometer como alguém que diz o que não gostaria de dizer.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Pra Baixo!


Acima de mim tem algo, abaixo de mim tem mais alguma coisa. Dúvidas? Nem uma quanto a isso!

E daí?! O que está acima e abaixo?!

Bom, vejamos, se eu disser que acima de mim tem ar, eu vou ter que dizer também que dos lados também, de baixo da terra um poco também. Se eu disser que acima de mim estão as estrelas eu também vou ter que dizer que há cometas, há outras galáxias, há poeira cósmica e eu sei lá o que.

Pois é, engraçado, quando olho pra cima sempre procuro algo, o problema é exatamente esse, nunca sei o que olhar, é tanta coisa pra pensar.

E pra baixo?! O que haveria além de terra? Água no subsolo, o núcleo encandecente da terra, um monte de restos de animais mortos, insetos e sei lá o que, ah! Que raiva, pra que eu tenho que saber?! Pra saber o que pensar!

Eu gostaria de saber o que pensar quando olho pra algo. Algumas vezes eu quero ver algo, mas esse algo não está lá, pronto pra ser visto, daí eu apenas imagino. Mas se eu vejo, qual é a diferença de imaginar? Talvez seja apenas que imaginando eu vejo o que quero, vendo o que meus olhos me mostram eu não crio uma nova imagem.

Eu pensei numa pessoa esses dias, olhei pras estrelas e comecei a chorar, mas não porque eu estava imaginando a pessoa vendo as estrelas, apenas pelo fato de estar vendo a estrela alí. Eu sei que parece estranho, mas o motivo realmente não é simples como olhar pra pessoa que você ama e ver ela morrer na sua frente. Entender o motivo da dor pode ser simples, mas entender alguns motivos que não são comuns é complicado. Mas complicado pra quem não quer entender - Aquele que da voltas cai no mesmo lugar quando vê o mesmo lugar, mas todo dia tudo se torna novo, nada é como ontem. - Eis que tudo se fez novo. Já não estava mais feliz como de tarde, aquela noite sorria pra mim como se dissesse "Um dia você entenderá meu filho, é assim mesmo". O que estava acima de mim e é a onde eu olhava só há uma resposta pra uma simples pergunta...

Estou vivendo para ser feliz ou não?

A estrela que eu via não quis me dizer, mas disse que o tempo tem a resposta, ela sabe bem disso, está lá a muitos e muitos anos.


A pessoa que me lembrava não faz a grande diferença, serve apenas como um objeto de auxílio, como um adaptador num cabo de energia. Sem um, preciso de outro, mas sempre vou precisar, sem eles vira gambiarra. Mas não pensei apenas numa pessoa, pois se um adaptador estiver danificado, preciso de outro pra substituir, é tão estranho pensar assim, mas é impossível viver de outro jeito quando a felicidade de alguém depende de outro alguém. Pra baixo eu olhei me lembrando de outra pessoa. As vezes fazemos um download na internet e um arquivo vem corrompido, infectado, Talvez se tivesse jeito de fazer apenas "Down", eu deixaria o "load" pra depois que eu analizasse direito, mas que babaquice, antivirus é uma droga e quando alguém é infectado, BEM VINDO AO MUNDO ADULTO. As vezes eu penso que é melhor ficar num mundo infantil, ou tentar ver o mundo como alguém com sindrome de Down, pelo menos muita coisa seria diferente. O que o mundo seria se não houvesse mais ninguém pra deixar o que chamamos de gosto?


Não busque soluções de ninguém, busque da razão que vem fora de você, solução sem dor é querer que caia teus desejos do céu - MAS AS ESTRELAS NÃO TEM DONOS.