segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Uma Base Expressiva de um Sentimento


Não há palavras para descrever, não há forma mais prática de dizer se não agir, e você age, você grita, você pula, você corre, você bate, você se entrega, mas não descreve.
É agonizante descrever e não dizer nada do que se sente. Dizer e não condizer com sua realidade (mentir sem ter vontade). O que você sente quando está diante da morte? Pode descrever seu sentimento? Não conforme o que sente! Os que chegam mais próximo do que querem ganham prêmios pelas suas descrições sentimentalistas. O que estaria eu tentando fazer agora? A mesma coisa?! É! Por que não?! Quem irá me dar um prêmio aí por escrever algo que cerca de 85 pessoas irão fazer a leitura e dizer - Poxa Elias, gostei do que você disse - sem se quer ter entendido o real motivo que me levou a escrever essa porcaria? Os poetas só ganham créditos por não conseguirem explicar com claresa em seus versos seus sentimentos, mas deixam vagando no inconciente de cada leitor suas espectativas, na esperança de sondar alguma compreensão de suas indecisões. Basicamente é a aflição de expor seus sentimentos que te fazem se expressar tão bem. Nosso sentimento oculto nos faz criar coisas que às vezes nós mesmos não entendemos como tivemos a capacidade de planejar tão bem uma idéia que foi para o papel. Imagine, então, se tivéssemos o controle nas surpresas das nossas criações, até as mensagens subliminares não seriam mais vistas como uma simples coincidência e sim como um planjeamento muito bem feito.
Uma coisa que acho bem estranha na hora de analisar uma expressão sentimental é a forma como confundimos vários mundos e tentamos mesclá-los, mesmo sem a intenção de fazer uma fusão. Vamos falar de um amor que temos por alguém, daí não sabemos explicar bem o que é o amor, aí começamos a viajar em outra dimensão falando às vezes de coisas que não tem nada a ver, às vezes uma contraposição do ideal principal, e encontramos uma justificativa para aquilo, sem nos darmos conta de que no momento em que escrevemos, estávamos confundindo tudo. Perdemos a razão e a coerência, só podemos então dizer - um sentimento é difícil de ser explicado - e realmente é. Faltam palavras para descrever, e às vezes nos embaralhamos dentro dos nossos próprios pensamentos, porém, ter consciência disso, acredito ser a base de uma consciência interpretativa. Não se ganha prêmios por análises como estas, mas se ganha compreensão de suas próprias palavras.