quinta-feira, 21 de abril de 2011

Palavras Vagas


Eu falei, falei de mais, esbravejei, lutei contra, a favor, perdi meu tempo. Agora estou em busca de um novo motivo para voltar a fazer o mesmo novamente, um grito no alto de uma colina, um soco contra uma parede e a ferida em minhas mãos, o eco de meu berro e o retorno de meu grito desesperado. O retorno das águas que em algum momento eu bebi, agora saem em forma de lágrimas, motivos diversos para diversas ações, textos e mais textos vagos que ninguém vai ler, foram palavras vagas, somente palavras vagas. E as palavras repetidas, usadas já sob o desgaste da memória. A beleza e o terror das lembranças. Eu grito para o vento, eu choro por lamento, agonizante tormento, desgaste é sofrimento, sem vida de novo momento, eu grito para o vento, eu choro para o vento, eu clamo para o vento, eu imploro para o vento, eu suplico para o vento e o denomino de Deus, então o vento bate na nuca e eu respondo para mim - Acalme-se, isso vai passar. - Pois sempre passou, tal como sempre voltou.

Solidão às vezes me soa como um chute nos testículos e meu textículo vai ao vento, ignorado e ridicularizado.