sábado, 2 de janeiro de 2010

Dando Razão aos Sentimentos


Definitivamente não somos robôs, eu sei! Todos sabem! Porém, acredito que haja momentos em que precisamos agir como eles. O motivo não é nada simples de entender, mas isso quando você se aprofunda na idéia e seus sentidos, mas seu motivo básico de ser como um robô em alguns momentos é o de simplesmente dizer o que precisa ser dito sem se importar com a reação preocuposa das pessoas das quais você passará suas informações, tal como um cientista coloca suas teorias em pauta, isso seria uma forma de excluir temporariamente do seu modo de expressão, um "ar" de sentimentalismo ou interesses pessoais. Exemplificando esta idéia em um diálogo, onde cada um possui os seus interesses, porém, apenas um expõe suas idéias de forma racional sem se preocupar com seus interesses, ficará à sua percepção, então, desejo que a identificação desta pessoa seja feita pelo leitor, seria mais ou menos assim:

Num diálogo entre um religioso culto e inteligente com um estudante de ciências, o religioso inicia o diálogo mais interessante dizendo:
- Acho que o racional, não é termos a razão, o racional é deixarmos o verdadeiro ser racional nos guiar, pois não acho que nascemos para entender certas coisas, simplesmente nascemos para seguir o caminho que nos foi dado na vida. - A Resposta vem logo em seguida com o estudante:
- Não é assim, pois o ser humano é um ser inteligente e pode entender muitas coisas, e passamos por várias evoluções, tal como antigamente poderia se dizer que a possibilidade de chegar à lua era impossível, nem se imaginava por muitos anos atrás que a existência de um computador poderia ser algo tão revolucionário e grandioso no mundo, e as evoluções e revoluções tecnológicas no mundo. Se pensava que não poderia ser real a existência de tais coisas, mas existem hoje, com as perguntas racionais da filosofia, respostas foram alcançadas na base da teoria, por isso, dizer que o ser humano não pode chegar a novas respostas, é um grande equívoco.
O cristão não rebate, apenas entra em si e na resposta e analisa uma forma de se contrapor, mas não consegue e responde:
- Certo, não conheço o futuro, mas não vejo que tenho possibilidade de descobrir outras respostas satisfatórias e simples, então eu vou acreditar no que acredito e isso me basta pra ser feliz.

Agora, você consegue analisar quem foi a pessoa do diálogo que usou mais da forma racional em uma expressão? Pense um pouco, se possível, releia tudo de novo.


Bom, se você releu e não conseguiu identificar, te digo que esta pessoa foi o religioso (não digo que é o caso de todos, nem da maioria, mas sim o caso deste exclusivo). Analisando o diálogo, ele não está tentando convencer o estudante a acreditar no que ele acredita, ele simplesmente diz no que ele acredita, enquanto o estudante diz o que já concluiu. Porém, o diálogo de ambos é bastante racional, não há aí uma jogada de interesses, tal como não é no próximo diálogo que darei de exemplo entre oposições políticas.

Um comunista num diálogo com um capistalista e ele, como de costume, claro, inicia o diálogo:
- Polícia reprimindo homens que só querem um espaço de terras, você acha justo lutar tanto para ter tão pouco?! Não seria assim no comunismo!
O capitalista rebate:
- Seria sim! Não depende de um interesse capitalista pra que as coisas sejam como são, elas podem ser difíceis para todos também no comunismo, já que seu trabalho não lhe trará tudo o que você quer.
A resposta vem a seguir:
- Cara, não vá pensando que no comunismo as coisas são assim tão irracionais. A verdadeira idéia é democrática, mas também é beneficiária de um todo, não apenas para poucos como agora é.
- Mas todos teem suas oportunidades, apenas não sabem como agir por culpa de suas próprias arrogâncias e inconsciências.
- Inconsciência e arrogância é não buscar uma nova tentativa, se tivéssimos a oportunidade, poderíamos fazer tudo diferente, seria uma tentativa que nunca tivemos, por quê não lutar por isso?
- Porque já foi tentado na URSS e vimos no que deu...
- Você não sabe o que de fato aconteceu lá...
- Você não sabe de fato o que poderia acontecer conosco...
...

Então, você acha que chegarão a algum ponto final, algum conscenço? Cada um quer defender o seu ponto de vista, não interessa se faz sentido o ponto de vista do "oponente", apenas querem conqusitar seus ideáis. Na vida social, nos relacionamentos com amigos(as), família, namoradas(os), maridos(esposas) e etc., não acredito que iremos nos relacionar bem com ninguém se não soubermos o momento certo de agir como um robô, ou seja, de dizermos sem nos preocupar com o que o outro vai sentir, mas que faça sentido com algo racional e seja objetivado de forma simples - Finalizando seus interesses sem querer impor seus ideais e/ou interesses pessoais. - Isso não é algo que digo que deveria/poderia funcionar absolutamente sempre nas questões políticas, teorias científicas ou religiosas, pois os exemplos que dei são de bases superficiais apenas para exemplificar e tentar tornar claro o que tento dizer. Quando você tentar dizer que uma pessoa está equivocada, diria para ela apenas o que pensa, não o que ela tem que fazer a não ser que ela peça uma opinião pessoal. Isto é basicamente uma tentativa de um convívio social sem que haja divergências. Porém, uma atitude bem feita a essa maneira é difícil de ser entendida, bem complicada. Podemos ser sinceros com todos e dizer o que pensamos, porém, não garanto que a pessoa saberá aceitar o que você diz, simplesmente você dará o seu ponto final, a sua opinião, não uma imposição ou uma forma de lutar pelos seus ideais, tanto porque, devemos estar sempre prontos para rever nossos conceitos. O problema é que a humanidade demoraria muito tempo (até mesmo num convívio familiar, mudar conceitos não é uma tarefa fácil) para a conseguir aceitar um "não" em certas horas. Exemplo de diálogo:

Uma garota pergunta para seu namorado:
- O que achou da roupa que comprei pra você, amor! Gostou?! Eu encomendei da Itália.
A resposta:
- Ah, obrigado por se lembrar de mim meu bem. Eu não gostei.
- O.O

Uma ação fria, mas nada frívola para se aprender a que nós é que nós podemos controlar nossos sentimentos.

Bom, ela perguntou se ele gostou, certo? Ele foi claro e sincero, agradeceu por se lembrar dele, e que não gostou, simples assim. Porém, você acha que ela iria aceitar esse "não" passar batido desta forma? Na certa ela ficou perplexa.
O que quero dizer é que se soubermos aceitar a sinceridade nua e crua, facilitaremos para que todos se expressem normalmente. Ocultar nossos sentimentos muitas vezes nos leva a mentir futuramente e mentir em muitos casos é um erro gravíssimo para com nosso semelhante. Pense nisso.