terça-feira, 24 de novembro de 2009

Na Dependência de uma Personalidade


Quanto ao nosso caráter, temos atitudes muito semelhantes a outras pessoas normalmente na nossa sociedade. A convivência nos torna copiadores e o que nos tornamos no fim de tudo é apenas uma cópia, mas dependemos de algo maior no nosso caráter. Dependemos de uma personalidade única, que só é encontrada em nós, e acredite, mesmo os mais "CTRL+C - CTRL+V" podem ter sua personalidade única, partindo do princípio de que todos somos únicos. Pra ver isso não basta olhar só para as nossas digitais, devemos saber que temos uma história na vida diferente da de cada um, isso é penetrante ao assunto político, que parte da idéia das estatísticas, onde não somos vistos como únicos e sim como um todo, a sociedade se torna a unidade para a visão política, mas a unidade sou eu, é você, é o seu próximo ou o meu próximo, o problema é que não conseguimos fazer prevalecer a nossa personalidade perante a nossa atitude copiadora. Isso é um grave problema no meu ponto de vista, pois é uma forma de ajudar o poder legislativo a criar normas que prejudicam uma classe de pessoas menos favorecidas por alguma coisa, exemplo: Foi aprovado pelo governo federal a transposição do rio São Franscico, o que tenta beneficiar uma classe de pessoas em algumas regiões no nordeste, porém, quem são essas pessoas favorecidas? E o lado ambiental? Será que o reflorestamento nas margens do rio com esta modificação não prejudicará o meio ambiente como vários geógrafos estão dizendo?? - Bom, por fim, a intenção pode ser boa, mas a finalidade não beneficiará a todos, o que me faz refletir sobre isso é o fato de que talvez poderíamos refletir de uma forma mais conscitente, criando organizações sociais das quais visam buscar cada família em cada município para estabelecer um melhor aproveitamento dos benefícios que cada família merece, saneamento básico e alimentação, o pricipal, trabalho e escolaridade, mas não visando a sociedade como um todo e sim cada família como um todo.
Isto me remete a uma visão separada da visão política, que é a visão social, o que somos para a sociedade? Parte dela! Mas normalmente não somos vistos como únicos dentro dela, apenas como composições corporais. Você pode até se sentir único, mas um cliente que não dá muito lucro para um vendedor, é apenas mais um cliente e nada mais. Não dá para darmos a atenção que todos merecem no mundo, nem no nosso município, mas também não há coração o suficiente para tentar entender a tristeza de uma mãe que perde seu filho com uma bala perdida. Não é algo que eu ache difícil de entender, pois acontece comigo também, mas tento reverter em alguns momentos esse tipo de sentimento apático em mim, pois muitas vezes o nosso espírito bipolar e os conflitos dionisíacos X apolíneos são fortes em cada um de nós, isso nos torna muito iguais, mas exatamente pelo ponto de interceção que temos é que podemos entender uns aos outros, depois disso podemos achar a unidade de cada um em cada um. Certa noite conheci uma garota linda chamada Alina em um local que costumo frequentar, um bairro nobre de Belo Horizonte chamado Savassi. Esta garota me chamou a atenção pelo fato de ter me feito analisar uma diferença com os demais naquele local e em outros, a simples forma de ver o mundo com os olhos que ela tem, e não com os olhos que ela poderia ter ganho, talvez de seus pais, ou talvez de seus amigos, ou talvez de um grupo social, e a maior diferença é essa. Estas diferenças não são notadas através de uma atitude crítica que podemos olhar de longe e a olho nu, são diferenças que só podemos olhar se nós também nos sentirmos especiais, tal como eu me sinto. Fiquei sabendo que esta garota iria se mudar de Belo Horizonte uns dois meses depois que conheci ela, isso me deixou chateado e comentei com ela, a resposta dela foi clara e simples, - "você não acha que está exagerando?" - minha resposta não podia ser outra a não ser dizer que cada pessoa tem a sua importância, fato, mas um fato que costumamos ignorar. Personalidades fracas tais como pessoas que dizem aparetemente convictas de que teem um ideal, mas logo que vem o vento o fogo de suas palhas apaga, ou muda de rota. Sim, mudar de rota é importante, por rever consceitos é algo que mostra que temos coragem de voltar atrás pra corrigir nossos erros, mas quando fazemos isso constantemente e pensamos estar melhorando mas estamos apenas nos enganando, isso não se torna nada agradável, tal como um conhecido que tenho, que não acho conveniente citar o nome, mas que manteve uma relação por algum tempo com vários grupos e tribos urbanas, passando pelos anarquistas até bater na porta dos nacionalistas, seu maior motivo foi a paixão por uma garota. Normalmente os motivos das mudanças de personalidades se agregam a isso, um desejo que temos e tentamos mostrar que somos algo como o que queremos conquistar pra estar junto daquilo e ser aceito. Namoradas, grupos de amigos, grupos religiosos, grupos trabalhistas, grupos sociais, daí quando estamos num meio de um grupo por gosto, vemos alguém que entrou e todos comentam dizendo "aquele é um peixe fora d'água, dá pra ver que está num lugar completamente errado".

A verdade é que não devemos analisar as pessoas conforme as suas semelhanças aos outros (salvo os motivos analíticos) e sim conforme a sua unidade, somos únicos, cada um é um corpo único dentro de uma sociedade. O que devemos fazer com as pessoas que não entendem que devem se sentir únicos e não cópias, é conseguir fazer com que entendam que devem tomar suas escolhas não por motivos paralelos que farão você cruzar com os motivos dos quais você não tinha anteriormente. Ter personalidade é saber ler uma frase e copiar por ter entendido e querer levar a mesma mensagem, pois achou uma identificação em sua unidade, mas levar a mensagem porque vê os outros fazendo o mesmo, é muita falta de personalidade. Pense nisso.

Amemos o próximo e sejamos heróis.