
"Mudo o mundo apartir do mundo que se muda dentro de mim". - Menino Elias
Esmagados pelas forças externas do mundo, somos diariamente lapitados e remodelados da forma como convém o nosso sistema. Existe algo que acho interessante analisar na característica de cada pessoa e é o que vou falar agora.
Este análise venho fazendo a muito tempo, e pra falar um pouco dele, vou começar dizendo algo já conhecido, que na vida nascemos originais, mas morremos como cópias, somos nada mais nada menos do que cópias mescladas na sociedade, vidas geradas por meioses e evoluidas por mitoses, são as primeiras formas de analisar nosso retrato na existência da vida. No final, somos apenas isto, cópias, reproduções, multiplicações. Porém, não somos uma cópia idêntica, somos uma mesclagem de cópias, uma fusão de várias personalidades e ao longo da vida somos moldados à vontade do destino da vida. Quando crianças aprendemos a nos apegar às coisas da vida, entramos no mundo aprendendo a dizer que as coisas são "nossas", como se realmente fossem, como quando dizemos quando crianças - "Este carrinho é meu!", quando crescemos e conquistamos as coisas, continuamos a dizer a mesma coisa - "Este objeto é meu!". Por fim, depois que morrermos, nada irá junto conosco, nem mesmo nosso corpo, para onde quer que iremos, fica tudo no seu devido lugar, na terra. Somos condensados a dizer o que aprendemos e não o que analisamos, não costumamos fazer análises.
Certas vezes nos ocorrem histórias marcantes na nossa trajetória pela vida, tais como pessoas que conhecemos, coisas que conquistamos e fins. Muitas vezes nos apegamos a elas sem fazer análises, isto é um grande problema, pois sempre que acontece de perdermos o que então nós dizíamos ser nosso, se torna uma bomba na nossa consciência. Normalmente isso acontece com pessoas que amamos e damos tanto valor que extrapolamos, este valor significa algo tão grandioso que a perda destas pessoas nos leva a uma tristeza muito profunda, podendo quem sabe acarretar numa depressão, ou alguma doença psicológica. Perder objetos talvez possa funcionar de forma semelhante, exemplo: Uma tempestade seguida de um alagamento que destruiu a maior parte dos bens materiais de uma família de classe média baixa. Eles já passam por tantos problemas na vida pra terem com tanto sacrifício suas coisas, daí perdem numa noite de chuva muitos aparelhos eletrônicos e outras coisas mais. É um abate muito forte para a família, mas não deixa de haver da parte deles um apego pelos bens mateiais, quando que antes de sofrer pelo perdido, poderiam agradecer pelas vidas salvas. Lembrando que todo esforço em seus trabalhos para terem seus bens, parte do interesse de viver padronizado numa sociedade informatizada (possuir um micro-computador, televisor, micro-system, aparelho de DVD ou VHS e outros mais). Às vezes a depressão possa partir de apegos, mas ela sempre vai partir da incompreensão.
No meio dessa confusão de se apegar, perder e sofrer, aprender a como se apegar e não saber como se desapegar, no meio do sofrimento acaba surgindo a modelagem da nossa personalidade. Sofremos e aprendemos a não sofrer por causa daquilo que sofremos antes, e aí entra outro problema, pois logo depois que aprendemos a desapegar de uma determinada coisa, aprendemos a nos apegar a outra, e esquecemos de aprender a desapegar de tudo, não extremisando, mas analisando.
Este texto, escrevo visando mais uma vez a minha e a vida de alguns amigos. Numa madrugada de passeio e diversões, alguns tristes acontecimentos me deixaram pensativos sobre a mudança de personalidade das pessoas. Acontecimentos dolorosos nos afetam de tal forma que nos conduzem a ver a vida de outro ângulo. O interessante nisso é que existe a possibilidade de mudar nossas angústicas, mas depende de cada um de nós. Minha "irmã" Marina, que tenho um carinho muito grande, tem passado por diversas lapidações, ela já é uma pessoa extraordinária e após estas lapidações, tal como minha melhor amiga Daliana (que já teve uma transformação magnifíca), se transformarão em pessoas muito mais lindas em seu interior, caso aceitem estas condições de se apegarem com moderação e se desapegarem com facilidade. Dentre meus amigos, tenho exemplos perfeitos de lapidações que trouxeram uma melhora considerável, pelo entendimento destas condições e dimensões, Cristiano Coimbra e Thiago Perdigão (meu melhor amigo e amigo de infância), caso queira conhecer mais sobre eu e meus amigos, me procure, somos pessoas incríveis, acredite, temos muito para oferecer e lembre-se, o apego te faz morrer aos poucos de angústia.